Ao retrato de Sabina Spielrein filmado por Roberto Faenza
No vórtice
varrendo as horas
do fundo do poço
um abismo sem dono
disfarça o escuro,
descasca dos muros
os musgos
que crescem ao roer da alma.
varrendo as horas
do fundo do poço
um abismo sem dono
disfarça o escuro,
descasca dos muros
os musgos
que crescem ao roer da alma.
A dor disseca profunda,
bisturi de pulsantes vertigens.
O amor:
estende-se, (entende-se)
aprende-se, (enlaça)
vasculha e decepa
o fundo do oco bolor.
bisturi de pulsantes vertigens.
O amor:
estende-se, (entende-se)
aprende-se, (enlaça)
vasculha e decepa
o fundo do oco bolor.
A mão que erige, molda
a vida
a argila
a pulsar
subterrânea
(no fundo vazio dos vórtices da alma).
5 comments:
E ainda há quem diz que não é tempo de escrever sobre "rosas"...
belo poema
abraço
Sonoridade que entra na alma... sensações penetrantes que arrastam o corpo...
Adorei o poema! Pura emoção transbordando de cada verso - que posso mesmo ouvir em sussurros ao pé do ouvido.
É isso, até a próxima!
P.S.: não sei se vc se lembra de mim, Sarau Chama Poética - Sesc/PP...
Obrigada Juan e Le fils
sim me lembro de vc! Que bom que agora esta' lendo as minhas poesias :) seja bem-vindo!
um abraço
Me surpreendo com a emoção que vc coloca nas palavras..... palavras únicas... palavras suas!
besos
Ah, Sabina é isso! Sabina é isso.
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